Dono de clube de tiro em Americana é preso suspeito de vender armas para o Comando Vermelho
14/05/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, Eduardo Bazzana forneceu armamento para integrantes de facção criminosa no Rio de Janeiro. Defesa afirma que ele é inocente e vai entrar com pedido de habeas corpus. Um empresário de Americana (SP), dono de uma loja de armas e presidente de um clube de tiro na cidade, foi preso, na terça-feira (13), em uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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Segundo a investigação, Eduardo Bazzana, de 68 anos, é suspeito de vender armas para o Comando Vermelho, facção criminosa da capital fluminense. A defesa afirma que ele é inocente e vai entrar com pedido de habeas corpus [veja detalhes abaixo].
Eduardo Bazzana foi preso em casa durante a operação. Segundo a polícia, foram encontradas mensagens com comprovantes de pagamento feitos por traficantes para o suspeito.
A Polícia Civil e o MP-RJ cumpriram quatro mandados de busca e operação em endereços relacionados ao empresário. Além da residência, buscas foram feitas em outro imóvel no condomínio onde mora, na loja e na sede do Clube Americanense de Tiro, o qual ele é presidente.
Ele está preso na Cadeia Pública de Sumaré e audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (14). Se mantida a prisão preventiva, será transferido para o Centro de Detenção Provisória de Americana.
Eduardo Bazzana foi preso suspeito de fornecer armas a facção do Rio de Janeiro
Reprodução/EPTV
O que diz a defesa
Advogado do empresário, Rogério Duarte afirmou à EPTV, afiliada da TV Globo, que o cliente é íntegro e idôneo e jamais negociaria com facções.
"Havia um intermediário do Rio de Janeiro, credenciado (com CR e registro de atirador), que comprava armas e munições legalmente, com autorização do Exército. Isso ocorreu duas ou três vezes, no máximo", disse o defensor.
Operação
A ação, que é parte da "Operação Contenção" e contra o fornecimento de armas e drogas para a facção, prendeu 4 suspeitos em São Paulo, 4 no Rio de Janeiro, 1 em Mato Grosso e 1 em Rondônia, e visou cumprir 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão.
A investigação, que teve início há dois anos, revelou que o armamento seria usado no fortalecimento e em expansões territoriais da facção no Rio, inclusive na Zona Oeste da capital, e em outros estados. Há mandado sendo cumprido no condomínio de luxo Novo Leblon, na Barra da Tijuca.
Os alvos vão responder por associação para o tráfico de drogas com emprego de arma de fogo e entre estados da federação, falsidade ideológica, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de arma de fogo.
De acordo com as investigações, os criminosos chegavam a movimentar R$ 5 milhões em menos de um mês através de um esquema que operava em diversas comunidades do Rio e de outros estados.
Por conta disso, os agentes representaram pelo bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.
Presos
Mandado de prisão:
Jonnathan Schimidt Yanowich (CAC investigado por lavagem de dinheiro)
Sidney Emerson da Silva, o Paulista da 50 (traficante de armas)
Eduardo Bazzana (loja de armas)
Adriano César de Camargo (lavagem de dinheiro do tráfico de armas e drogas)
César Sinigalha Alvares ( armeiro do CV)
João Vinicius Tavares Corrêa, o Vini (fiel do Da roça) preso em Porto Velho
Brunno Nogueira Alcaíde (trabalha pro Jhonatan no esquema de lavagem)
Flagrante:
Alexandre da Silva, preso na boca de fumo perto da casa do armeiro em Maricá
Rondinei Aparecido de Assis e Silva, preso em flagrante com uma pistola durante a busca e apreensão feira em sua casa, em Pontes e Lacerda (MT)
Pedro Gustavo da Silva, preso em flagrante no Rio de Janeiro
Armas e dinheiro apreendido em operação da Polícia Civil no Rio de Janeiro
Reprodução/EPTV
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